Capítulo 22

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Planos. Os dias passavam rapidamente e William, entusiasmado, fazia vários planos para o casamento.

— ...Mas você acha mesmo que precisamos comprar outra casa? — perguntou Margarida.

— Claro que sim, meu anjo — respondeu ele, fechando a mão sobre a dela, por cima da escrivaninha. — Quero que nossos filhos tenham muito espaço para brincar, como eu tive quando criança.

Ela fez um gesto com a cabeça, concordando.

— E seus pais?

William levantou uma sobrancelha.

— O que tem meus pais?

— Eles já sabem disso?

— Saber eles sabem, mas...

— Mas querem que a gente more com eles depois do casamento, não é?

— Sim. É isso mesmo. Mas não se preocupe. Com o tempo, eles se acostumam com a ideia.

— Não vejo nenhum mal em morarmos lá, Wil.

Por um instante, ele estudou a expressão do rosto dela.

— Está falando sério?

— Estou — respondeu. — Claro que estou. Gosto muito dos seus pais e Fred também. Além disso, a casa de seus pais é grande e...

— Já sei! — Ele esboçou um sorriu leve, ao intuir o que havia acontecido. — Minha mãe ligou pra você, não é?

— Sim, ligou, mas... Por favor, Wil, não diga a ela que eu lhe contei.

— Ah, essa dona Eloísa é mesmo terrível! — comentou o rapaz, balançando a cabeça de um lado para outro. Mas, em seu interior, ele se controlava para não dar uma sonora gargalhada, pois já imaginava que aquilo aconteceria. — Não se preocupe, minha querida, eu irei conversar com a mamãe sobre isso.

— Mas eu concordo com ela. A casa é, de fato, muito grande. Na verdade, é imensa. Além do mais, seus pais sentiriam muito a sua falta se você saísse de lá.

Cauteloso, ele tornou a estudar a expressão do rosto da noiva.

— Quer dizer que não se incomodaria mesmo?

— Com certeza não. Até muito pelo contrário, acho que lá é o lugar ideal para criarmos Fred e nossos futuros filhos.

Os olhos de William cintilaram de felicidade. Que mulher!, pensou. Como eu poderia não amá-la?

— Sendo assim, vou entrar em contato hoje mesmo com a decoradora e pedir para que ela faça a decoração do nosso quarto e do quarto do Fred. O que você acha?

— Acho maravilhoso.

William levantou-se, deu a volta na mesa e puxou-a da cadeira, envolvendo-a em seus braços.

— Já disse que a amo?

— Várias vezes — comentou, sorrindo.

— Bem, então, eu vou repetir para que nunca esqueça: eu amo você.

Ela tornou a sorrir.

— Pode deixar, não vou esquecer.

— Tenho outra novidade. Consegui marcar nosso casamento para o segundo domingo de maio, embora ainda ache que teria sido melhor marcar para o mês que vem, pois não vejo motivos para esperarmos tanto.

— Se marcássemos para antes de maio, não teríamos tempo suficiente para acertar os detalhes da festa e da lua de mel, Wil.

Ele colocou-a sentada sobre a mesa e roçou os lábios quentes por seu rosto, enquanto abria o botão de sua blusa.

Impossível esquecerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora